quinta-feira, 21 de julho de 2011

NO FIM DO TUNEL

NO FIM DO TUNEL


Quantas vezes eu fiz o meu caminho, independente dele existir ou não...
Era preciso ter um lugar, para onde eu pudesse chegar... Mesmo desconhecendo a estrada...
Eram momentos que a vida diariamente cobrava de mim...
Inúmeras foram as estradas que dividi com tanta gente que nem sei quem realmente eram...
Em certos momentos eu olhava e me sentia sozinho.
Não havia ninguém ao meu lado. Em outros momentos, eu me sentia como se não tivesse partido... Sabe eu estava só... E isso doía em mim muito mais do que eu imaginava...
Mas eu seguia, precisava achar o meu momento e o meu lugar...
Em determinados instantes, a luz lá no fim do túnel não era a esperança de algo novo... Era mesmo o trem... Que acabava com todos os sonhos...
Mas seguir era a única alternativa, porque precisava chegar. Não a um lugar determinado, mas na direção da minha vida...
Foram tantos os momentos que tudo parecia ser diferente que esse tempo passou não deixando em mim um gosto de vazio. Eu fui esse tempo na sua plenitude e vivi tudo que ele deixou
Agora que faço do meu tempo, o nosso tempo.? Fica no ar uma sensação de invasão de privacidade e tenho que voltar a ser só eu, como se nesse momento, isso pudesse ser feito assim... A individualidade é necessária eu sei, mas não tem o direito de ser mais importante do que alguém que nos traz de novo outro gosto de vida. Esse egoísmo pessoal cria distâncias difíceis de serem vencidas, porque pensa apenas no gostar pessoal deixando tudo ao seu redor sem valor nenhum. Nesse momento os valores perdem as suas características e passam a ser coisas banais. Já não há a emoção de ser, apenas do viver sem dividir. Fica a sensação individual do sentimento e qualquer coisa é mais importante, porque não existe o eco que reverbera dentro de cada um na hora que mais precisamos.
Quem sabe esse momento não seja passageiro e essa vontade de ser só não passe de apenas de um pequeno espaço de tempo? Nada nos deixa mais triste do que a saudade do que poderíamos viver e por um detalhe deixamos escapar...
JORGE DANTA SILVEIRA

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