sexta-feira, 12 de agosto de 2011

FAZ TANTO TEMPO

FAZ TANTO TEMPO I


Faz tanto tempo que eu não lhe vejo. Faz tanto tempo que eu já nem, sei como você está aí por dentro. Depois de tudo o que aconteceu, a gente quase não se fala mais. E tínhamos tanto prá poder dizer que as palavras se tornaram frias, e nem de longe diziam coisa que eu pudesse entender.
Foram ficando sem uso, esquecidas, como nós, na vida... sem um próprio eu.
Paro um pouco prá pensar na vida, e me pergunto: será que valeu?
E a saudade fica então mais forte e fala em nome do meu próprio eu.
Minha cabeça então viaja e junto dela todos os sonhos que pareciam ter ido embora, mas vejo agora, que apenas o tempo adormeceu.
Por um instante a felicidade se faz presente e um sorriso ilumina os olhos meus. Mas é apenas aquele momento em que a saudade diz adeus, e volta tudo como estava antes, no exato instante em que pensei... e esse vazio que machuca tanto, já não encontra nada prá falar comigo. E diz, só pra mim, bem baixinho, que não era em mim que ele gostaria de ter existido.

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